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Resenha: Do Seu Lado

AUTORA: FERNANDA SAADS
EDITORA: NOVO CONCEITO
PÁGINAS: 317

Sarah é uma arquiteta que sempre pega os projetos mais inusitados, como, por exemplo, uma casinha de cachorro para um cliente bem exigente, o que dificulta um pouco as coisas para ela se tornar uma profissional de sucesso. Já seu melhor amigo, Igor, é totalmente diferente, sempre com os trabalhos mais perfeitos e lindos da agência. Mas com que ela sonha mesmo é de reencontrar seu ex namorado, Bruno, para poder se vingar de tudo que ele faz há quatro anos atrás.

Peguei esse livro e só consegui largar quando cheguei na última parte. Devorei-o em apenas um dia, de tão leve e fluída que é a narrativa. Por mais que seja muito clichê e eu sabia praticamente tudo que iria acontecer na história inteira desde o primeiro capítulo, conseguiu me prender de um jeito que fazia muito tempo que não acontecia.

Sarah é uma das protagonistas mais indecisas e confusas que já vi, e eu ia entrando na bagunça da vida dela junto. É sempre empurrando com a barriga para ver o que vai acontecer, correndo um pouco de suas responsabilidades e sempre naquela de "oh meu Deus, o que vou fazer agora?". Tive uma relação de amor e ódio com ela, já que o que me deixava agoniada para saber o que vinha pela frente era suas atitudes, e não sua personalidade.

Falando em personalidade, de clichê não tem só a história, mas também o jeito das personagens. Tem o playboyzinho bad boy e o inteligente todo certinho e amável. Então li mesmo apenas para passar o tempo, e não pelo fato de que iria me surpreender ou algo do tipo.

Mesmo sendo previsível, isso não irritou, mas sim um final tão seco. Parecia que a escritora queria acabar logo, o que o deixou sem graça e me decepcionou muito. Porém, eu gostei bastante do livro e para quem está procurando algo leve e rápido para ler, eu recomendo Do Seu Lado. Não dá para esperar muita coisa dele, mas se você não se afundar em expectativas (como sempre faço, mas estou evitando-o), dá para gostar ao menos um pouco.

Resenha: A Garota do Penhasco

TÍTULO ORIGINAL: THE GIRL ON THE CLIFF
AUTORA: LUCINDA RILEY
EDITORA: NOVO CONCEITO
PÁGINAS: 528

Grania Ryan é uma escultora bem sucedida que mora em New York com o namorado Matt, mas depois de um incidente, decide voltar para o conforto da casa dos pais na Irlanda, deixando toda sua vida para trás. Em uma das suas caminhadas para refletir sobre a vida, conhece Aurora Devonshire, uma garotinha de 9 anos um pouco adulta demais para a idade, porém Grania se encanta, e depois desse encontro começa uma nova rotina em sua vida. Mal sabe ela que existe uma história bem antiga que entrelaça as duas famílias.

Depois de ter lido A Casa das Orquídeas (resenha aqui), fiquei toda apaixonada pelo jeito que Lucinda Riley escreve. Ela consegue unir o passado e o presente de um modo que fica homogêneo sem se tornar em momento algum cansativo, muito pelo contrário, na verdade nos faz interessar ainda mais pela história. Não é daquele jeito que parece que a escritora meio que enfiou aquela parte ali apenas para explicar, como se fosse tudo separado. E com A Garota do Penhasco não foi diferente.

Também fico encantada com sua narrativa forte, fazendo com que eu sentisse as emoções das personagens como se estivesse acontecendo comigo. Existe muitos altos e baixos, então conseguiu me surpreender mesmo quando eu achava que estava pronta para o que estava por vir. Também há todo um mistério por trás de cada momento, o que me prendia cada vez mais na leitura.

Por esses motivos, é um livro cheio de detalhes, e se você não prestar muita atenção, acaba perdendo alguma coisa e terá que voltar alguns parágrafos para poder entender. Eu sempre divago durantes minhas leituras, então demorei mais do que deveria com ele.

As personagens são bens construídas, com personalidades fortes e únicas. Mas isso não significa que são agradáveis. Para confessar, foram poucos que me conquistaram. E para confirmar ainda mais minha cisma com as personagens principais, não gostei de Grania. Eu não sei o porque, mas mesmo quando era o óbvio da coisa certa a se fazer, ela conseguia ferrar com tudo.

Enfim, não consigo continuar a resenha sem acabar contando coisa que não deveria. Sabe quando você gosta tanto do livro que parece que não importa o que diga, não parece ser o suficiente para expressar seu amor por ele? É bem assim que me sinto com esse. Só posso dizer que o recomendo muito, porém, para quem quer algo leve para ler, é bom passar longe (mas leiam, é muito bom!).

Resenha: O Futuro de Nós Dois

TÍTULO ORIGINAL: THE FUTURE OF US
AUTORES: JAY ASHER E CAROLYN MACKLER
EDITORA: GALERA RECORD
PÁGINAS: 384

Primeiro, imagina: você está lá de boa vivendo seu último ano do colégio tranquilamente em 1996, quando seu pai decide te dar um computador. Sensação no momento, daqueles tijolões pesando quase uma tonelada, que precisa escolher se utiliza a internet ou deixa a linha do telefone ligada. Então, seu melhor amigo te entrega um CD-ROM da AOL, mas quando se conecta pela primeira vez, entra em um site estranho chamado Facebook cheio de fotos e frases aleatórias da vida de alguém que se parece contigo, só que quinze anos mais velha. Então, você fica sem saber o que isso significa. É uma pegadinha de mau gosto, ou realmente está lidando com o seu eu futuro?

Fazia um bom tempo que estava com vontade de ler O Futuro de Nós Dois, e com uma sorte que eu não tenho, consegui ganhar em uma promoção (ae!). Com uma narrativa leve, intercalada com curtos capítulos com o ponto de vista de Emma e Josh, a leitura passou rapidamente comigo tentando descobrir, assim como as personagens principais, o que está acontecendo e como vão conseguir lidar com o presente, já que a relação entre os dois andam um pouco turbulentas.

Algumas vezes, as atitudes de Emma me irritavam, mas era algo pessoal, pois eu conseguia me identificar com ela. Já o Josh - ah, o Josh! - é um garoto super fofo, inteligente e ruivo! Que garota que não se encanta por um garoto de cabelos avermelhados? Porém, os que eu mais gostei foram Tyson e Kellan, os outros dois amigos de Emma e Josh, com os diálogos mais engraçados do livro.

A história, por sua vez, pode até ser um pouquinho clichê, mas é surpreendente (existe isso?). Eu já tinha em mente o que ia mais ou menos acontecer no final, mas o caminho que levou à conclusão não foi nada do que havia imaginado, então a leitura conseguiu me prender.

Sei que a coisa mais fácil do mundo é eu adorar qualquer capa de livro, mas vocês vão ter que concordar que a de O Futuro de Nós Dois está demais, né? Azul e com detalhes parecidos com o do Facebook, me fez passar um bom tempo admirando-a.

Resenha: Quem é você, Alasca?

Hello dreamers, como vai a vida? É isso mesmo que vocês estão vendo, depois de dois meses desativado, eu decidi voltar. Fiquei com saudades logo após decidir fechá-lo, então pensei bastante para elaborar um jeito de conseguir conciliar o blog com o meu tempo disponível. E para recomeçar o blog com o pé direito, temos um novo layout, uma nova equipe (sim, agora o SG vai ter gente nova) que será apresentada aos poucos e uma coisa que nunca tive coragem de fazer aqui: vídeos! Pois é, galera, não sei como vou fazer isso já que é uma coisa totalmente nova para mim, eu não sei nem mexer no movie maker e me enrolo toda para falar, mas vamos ver se dá certo.

E para reapresentá-lo para vocês, confiram a resenha do livro Quem é você, Alasca? abaixo.

TÍTULO ORIGINAL: LOOKING FOR ALASKA
AUTOR: JOHN GREEN
EDITORA: MARTIN FONTES
PÁGINAS: 229

Miles Halter, mais conhecido como Gordo, tinha uma vida pacata e sem graça na Flórida, mas depois de ler a biografia do poeta François Rabelais, fica inspirado em suas últimas palavras antes de morrer e sai em busca do chamado "Grande Talvez" na escola interna Culver Creek, no Alabama. Lá conhece um cara apelidado de Coronel, viciado em cigarros e que tem uma excelente memória, e também Alasca Young, uma garota linda, inteligente e totalmente enigmática, que ensinará muitas coisas para ele, desde matemática até lições de vida.

Como já li outras duas obras do John Green (O TEOREMA KATHERINE e A CULPA É DAS ESTRELAS), já estou acostumada com o jeito leve e simples da sua narrativa em primeira pessoa, mas que não tira de modo algum a maneira linda da sua escrita. A história se passa praticamente toda em Culver Creek, mas não se limita apenas em um cenário, explorando toda a parte da escola, então mesmo com descrições rápidas, dava para visualizar perfeitamente os lugares. O livro é dividido em duas partes - antes e depois - e a leitura segue gostosa e fluida, porém existem momentos em que tive que dar algumas paradas para absorver os acontecimentos e os sentimentos descritos.

Em Quem é você, Alasca?, o autor focou mais na construção das personagens, então eu gostei de praticamente todos - até o Águia! -, pois cada um tem sua personalidade única e forte (tudo bem, a de Gordo nem tanto). Em alguns momentos, Miles me irritava demais com suas palavras repetidas e sentimentos exagerados como se fosse a única pessoa do mundo, mas isso, felizmente, não se tornou um ponto negativo. Acho que tenho uma mania de não gostar TANTO assim das personagens principais.

As duas únicas coisas que atrapalharam minha leitura foram os spoilers alheios que vi em redes sociais que me desanimaram muito. Geralmente, eu consigo esquecer esse tipo de coisa, porém dessa ver o spoiler era tão grande que não deu. Outra coisa que parece ser boba, mas que realmente me incomodou foi que tive que ler praticamente o tempo todo na frente dos meus pais, pois tinha viajado e estava no mesmo quarto de hotel que eles, então sempre que acontecia alguma coisa, eu tinha que conter minhas emoções - seja minhas risadas ou a vontade de chorar - para eles não acharem que sou louca. Na realidade, provavelmente eles já tem certeza disso, mas melhor não deixar muito na cara, né?

Por fim, queria enfatizar o quanto adorei essa capa. Ela é emborrachada, e mesmo que isso faça com que eu precise ter um cuidado extra pois suja com mais facilidade, é super linda também. Simples, combinando com a história, e a margarida branca ilustrando a deixa marcante, já que ela terá sentido no final da leitura. Agora uma citação que faço questão de colocar aqui para vocês, é a seguinte:
"Um dia, ninguém vai se lembrar que ela existiu, escrevi no caderno, e depois, ou que eu existi. Porque as lembranças também desmoronam. Então não nos resta nada, nem mesmo um fantasma, apenas sua sombra."

Resenha: Perdida

AUTOR (A): CARINA RISSI
EDITORA: BARAÚNA
PÁGINAS: 472

Sofia Alonzo é uma típica mulher do século XXI; mora sozinha, trabalha tanto que quase não tem tempo para si mesma - imagina para um namorado! - e é totalmente dependente de seus aparelhos eletrônicos. Se vê desesperada quando seu querido celular cai na privada de um barzinho. A primeira coisa que faz no outro dia é procurar um substituto para ele, mas quando liga seu novíssimo telefone, acaba percebendo que foi transportada para o século dezenove. Lá, acolhida pela família Clarke e com a ajuda do gentil Ian, tenta encontrar uma maneira para voltar para sua casa.

Agora, imagina o que faria se estivesse de boa na rua da sua casa e, do nada, aparecesse em um lugar onde carruagens, mulheres com vestidos bufantes e quentes e homens utilizando cartola fosse super normal. Era isso que eu me perguntava o tempo todo enquanto lia Perdida. Tentava me colocar em seu lugar, rindo e pensando se agiria da mesma maneira que a protagonista.

Ela diversas (muitas!) vezes consegue entrar em situações bastante constrangedoras por causa do seu modo de ser, vestir e falar. Totalmente perdida e desejando desesperadamente voltar para o século XXI. Uma narrativa leve e rápida, não me vi satisfeita até ver que já estava no fim do livro. Na realidade, ainda não acredito que acabou e queria muito mais - socorro, vou entrar em depressão pós-livro!

Por mais que seja um tanto quanto clichê e você saiba desde o começo o que vai acontecer no final, existe alguns detalhes que dão um toque especial na história. A escrita da Carina Rissi consegue descrever exatamente como era o lugar, fluindo a leitura sem em algum momento se tornar cansativa.

E é claro que eu não posso deixar de falar das personagens. Todos tão bem construídos que eu não consegui deixar de amar até os irritantes (se é que tem algum). Mas é claro que meus favoritos são os irmãos Clarke. Elisa é a garota mais fofa que eu já vi e Ian não fica para trás. Espero que um dia encontro um Ian por aí - difícil, mas posso sonhar. Acho que não existe um cara mais educado e carinhoso do que ele. Estou in love!


Sem contar nessa capa tão linda. Não consigo encontrar nada tão forte para marcar como ponto negativo. Já está bem claro o quanto amei esse livro e o recomendo demais? E uma notícia boa: o filme baseado em Perdida está previsto em 2015. Yay!